quarta-feira, 13 de março de 2013

XII - Começando a responder

Fiquei muito tempo sem escrever neste blog, numa mistura de preguiça e maturação de idéias, mais daquela, menos desta.

Enfim estou convencido que as respostas às grandes questões humanas passam pelo pensamento e pela ciência, como expus antes. Sou avesso à crença no sobrenatural. O sobrenatural, para mim, é o que não podemos ainda explicar, ainda. Houve um tempo em que o ser humano não explicava nem a chuva, e dançava aos deuses para que chovesse. Hoje já sabemos porque chove e com até algum sucesso, podemos prever a chuva com alguns dias de antecedência. Não é magia, como se achava antes, é só ciência.

No século XX, principalmente na segunda metade, e nesse início de século XXI, com o amadurecimento de idéias e do que antes eram apenas teorias, creio que chegamos bem perto de todas as respostas - de minha parte, estou quase satisfeito. Eu destaco Richard Dawkins e Helen Fisher, dentre outros, que ajudaram a solidificar as idéias antes expostas por Darwin. De fato a evolução deixou de ser mera teoria e é aceito como fato científico. Dawkins levou a evolução ao patamar dos genes e Helen Fisher à neurociência. Não foram os únicos, mas conseguiram com suas obras alcançar o grande público ("O Gene Egoísta", "Deus - Um Delírio", "O Maior Espetáculo da Terra", de Dawkins, e "Porque Amamos", de Helen Fisher). Recomendo esses livros, que são facilmente encontrados.

Primeiro é interessante entender a Evolução, cuja teoria inicial foi cunhada por Charles Darwin. O que costumamos ouvir é que Darwin disse que nós evoluímos do macaco. Isto não é verdade. O que ele disse de verdade é que nós e os macacos temos um ancestral comum, que em algum momento da evolução, por razões aleatórias, gerou espécies diferentes.

Pra entender a evolução como formulada por Darwin quero recorrer a um exemplo. Imagine um homem de 70 anos de idade. Imagine que desde o nascimento deste homem foi tirada uma fotografia diária de seu rosto. Se olhássemos as fotos em sequência, da primeira a última, não conseguiríamos distinguir diferença alguma em seu rosto numa foto e na foto do dia seguinte. Mas seria muito difícil identificar como a mesma pessoa aqueles rostos da fotografia no primeiro dia de vida e aquela outra no septuagésimo aniversário.

A mesma coisa é a evolução. Imagine um coelho fêmea. Imagine a mãe dele, e a mãe dele, e mãe dele. Um coelho é tão parecido com sua mãe que por vezes é dificil distinguir um do outro, mas se retrocedêssemos por milhares de gerações uma a uma, ou milhões, chegaríamos a um ancestral que dificilmente identificaríamos como coelho. Embora não conseguíssemos perceber a diferença de uma geração para a imediatamente anterior. E mais, esse ancestral deve ter dado origem a outros animais que por aqui andam e são apenas muito remotamente parecidos com um coelho, como um rato ou uma capivara. Esse exemplo dá bem a idéia da lentidão da evolução se tomarmos por base nosso tempo de vida ou a contagem dos dias e anos.

Qual a importância disso para a resposta das grandes questões que nos aflige? Toda importância, como tentarei demonstrar nas próximas postagens, meus fiéis quatro seguidores!

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