terça-feira, 27 de abril de 2010

X - E então, o que há?

É claro que se fez muita coisa na filosofia depois de Nietzsche. Mas para minhas pretensões basta vir até aqui. O importante é notar como a humanidade tentou explicar o mundo e lidar com sua finitude, encontrar sentido para a vida.

Primeiro substituiu divindades pelo cosmos, retornou para as divindades, voltou-se para si e depois disse que estava tudo errado, que era só a vida e todo o resto só servia para negá-la e impedir o homem de vivê-la.

O fato é que neste início de século XXI o homem já tem conhecimento suficiente - conhecimento adquirido por evidências científicas - para dar respostas a muitas perguntas, na verdade a quase todas elas. Mas as respostas que ainda não temos não comprometem as que temos nem nos empurram, como em outras épocas, a nos abster da razão em prol da fé cega, seja em divindades, no cosmos ou no precário cientificismo.

A teoria da evolução pela seleção natural de Charles Darwin ganhou evidências extraordinárias desde sua concepção, não só por descobertas de fósseis, como se pode presumir apressadamente, mas principalmente pelo conhecimento adquirido em biologia e genética. Cientistas como Richard Dawkins e Helen Fisher, apenas para citar meus dois preferidos, estudaram o comportamento humano, o funcionamento do seu cérebro, o DNA dos seres vivos, exploraram em todos os ramos do conhecimento as evidências da evolução. As obras desses cientistas contemporâneos, que muito se preocupam em levar os avanços da ciência ao público comum, confirmaram Darwin de tantas formas diferentes que surpreenderia até o próprio, que, por exemplo, nunca soube o que era um gene e pouco ou nada sabia de embriologia, datação por radioatividade e outras tantas coisas posteriores a seu tempo.

Penso que a evolução (que não pode mais ser chamada de teoria, já que é um fato) pela seleção natural e sexual explica quase todas as questões levantadas pela filosofia e pela religião, explica até o porque da religião e da filosofia, enfim, explica porque tememos a morte e nos ensina o que é a morte e o que é a vida e assim nos livra do medo da morte. Explica nossas maiores virtudes e defeitos, e também os pequenos que se situam entre eles.

Quero dividir e expor à crítica conclusões próprias que foram amadurecidas, e certamente ainda serão mais, pela análise global de tudo que pude conhecer dos filósofos e cientistas que me antecederam e me são contemporâneos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário